Fazenda e Itamaraty omitem-se ou desprezam o bloco, por priorizarem aliança com EUA. Planejamento e BC agem ainda pior. País está prestes a perder oportunidade geopolítica rara — mas resta pequena brecha para reverter desastre
Com crise na OMS, bloco tem o dever de liderar combate a problemas estruturais, como determinantes comerciais da saúde e doenças negligenciadas. Sob presidência do Brasil, há promessa de priorizar o tema – mas ações devem ir além da simples troca de experiências
Criou-se um vácuo preocupante após cortes no financiamento de programas da OMS para controle e tratamento da doença. Mas o bloco tem condições, por meio de suas redes, centros e institutos de pesquisa, de enfrentar a infecção que mais mata no mundo
Retirada da “ajuda” norte-americana ao continente pode ser só início de hostilidades. EUA importam pouco dos países africanos. Ao verem a influência da China crescer, tendem a ações de fustigamento, como atacar os BRICS e acusar a África de “confisco de terras contra os brancos”
Economista francês expõe as fraquezas do neocolonialismo de Trump, que sustenta sonho de prosperidade interna. Arrogante, tenta confrontar a China, à frente de uma economia em declínio… Europa faria bem em afastar-se, e ouvir as posições do Sul Global
Queda abrupta do apoio ao governo expõe opção desastrosa, que precisa ser revertida. Presidente priorizou a governança via arranjos com o Congresso, frágeis e instáveis – e deixou de construir governabilidade, por meio de projetos e ações capazes de mobilizar as maiorias. É (ainda) hora de virada!
Na indústria, um setor chave, acordo pode devastar produção nacional, pois europeus contam com juros baixíssimos e políticas de estímulo. Agronegócio brasileiro avançará – por ser mais devastador, social e ambientalmente. A quem interessa esta troca tão desigual?
Vasto estudo confirma: pela primeira vez em 600 anos, mundo está deixando de ser eurocêntrico. No Sul global, esboçam-se novas relações e projetos. Quais são. Por que incomodam tanto. Que tipo de resposta gesta-se na Casa Branca
Os planos de Trump para consolidar o colonialismo tecnológico e de dados. As respostas de Pequim e Moscou: chips avançados, vasta rede de data centers e plataformas próprias. A hesitação na UE. E uma grande brecha aberta para os Brics